De 2 a 5 de outubro, a Praça Nilo Peçanha se transformou em um grande palco cultural com a realização da 1ª Feira Literária Barrense (FLIB). O evento reuniu mais de 30 atrações gratuitas, entre contação de histórias, oficinas, palestras, shows, lançamentos de livros e a participação de mais de 20 escritores locais, que deram voz à literatura e à identidade cultural de Barra do Piraí.
A Fundação Oswaldo Aranha (FOA) e suas mantidas marcaram presença na feira, apresentando seus cursos, projetos e serviços aos participantes da feira. O curso de Comunicação do UniFOA levou para o público o projeto Troca Literária, iniciativa que promove a circulação de livros e incentiva novos leitores.
A programação também contou com nomes de destaque, como a escritora Thalita Rebouças, que esteve presente no primeiro dia do evento, atraindo jovens e adultos em uma conversa inspiradora, além de autógrafos.
Para a prefeita de Barra do Piraí, Katia Mikki, a realização da feira representa um marco para o município. “É um privilégio poder realizar esse evento. As crianças e a educação são prioridade para o nosso governo. Barra do Piraí é uma cidade de cultura, conhecimento e muitos livros e escritores”, afirmou.
Entre os expositores, Cláudio Brito, que trabalha com literatura afro-brasileira, destacou a importância de feiras como a FLIB para democratizar o acesso aos livros. “Gostaria que houvesse ainda mais incentivo para as crianças do município. Em algumas cidades, a prefeitura distribui vales para que elas possam levar livros para casa. É emocionante ver o interesse das crianças, mas nem sempre elas conseguem comprar. Quando a cidade abraça a feira, todo mundo ganha”, ressaltou.
Cláudio também comentou os desafios enfrentados por quem trabalha com obras de temática afro-brasileira. “Ainda existe preconceito. Às vezes, só o título com referência a um orixá já assusta. Em cidades pequenas, ainda é difícil trazer esse debate para as escolas, mas estamos fazendo o trabalho de casa para abrir horizontes e mudar mentalidades. Feiras como essa são essenciais para dar visibilidade a esse tipo de literatura, que muitas vezes não está nas prateleiras das livrarias, mas encontra espaço e acolhimento aqui.”
A FLIB chega para consolidar Barra do Piraí no circuito cultural do estado, mostrando que a literatura tem força para unir gerações, valorizar a diversidade e fortalecer a identidade local.
